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Polêmica: Empresa cria bonecas sexuais hiper-realistas de crianças para pedófilos

 



A empresa japonesa Trottla produz bonecas hiper-realistas de crianças para que pedófilos consigam controlar seus impulsos sexuais. Quer dizer, não exatamente controlar o desejo por crianças, mas direcioná-lo às bonecas em vez de praticar o crime de abuso sexual infantil.


“Ser um pedófilo é como viver com uma máscara”, conta o criador da companhia, Shin Takagi, em entrevista ao The Atlantic. “Nós deveríamos aceitar que não há como mudar os fetiches de alguém. Estou ajudando pessoas a expressarem seus desejos legalmente e eticamente. Não vale a pena viver se você tem desejos reprimidos”, respondeu o empresário ao falar sobre como a pedofilia é encarada pela mídia e pela sociedade em geral.


Pedofilia não é sinônimo de abuso

De acordo com a Oscip Childhool Brasil, que atua desde 1999 na proteção de crianças e adolescentes, “muitas vezes, a mídia tem usado indiscriminadamente o termo ‘pedófilo’ ao se referir a um abusador sexual”. “Nem todo pedófilo é abusador, e nem todo abusador sexual é um pedófilo”.


Explicando: a pedofilia é um transtorno de personalidade que consta na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), se tratando da definição das pessoas cuja excitação sexual se dá com crianças ou adolescentes. Quem tem o transtorno não necessariamente cometerá o crime de abuso sexual infantil.


Abusador é quem comete a violência sexual, independentemente de qualquer transtorno de personalidade. Normalmente, os praticantes de abuso infantil são membros da própria família da vítima - pessoas que não possuem o transtorno, mas cometeram o crime se aproveitando de uma relação de poder.


Sendo assim, enquanto o abusador é um criminoso que deve ser penalizado conforme as leis, a pessoa que tem a doença da pedofilia necessita de tratamento psicológico e psiquiátrico adequado. No entanto, a condição não tem cura e os tratamentos são limitados a terapias comportamentais ou, em casos extremos, castração química. Ou seja, com os recursos disponíveis, o pedófilo é capaz de controlar seus impulsos, mas não deixará de senti-los.


Bonecas controversas

Com esse pensamento em mente, o empresário (que é pedófilo) começou a criar bonecas anatomicamente corretas que se parecem com crianças há cerca de dez anos para que pudesse ajudar outros homens com a doença a realizar seus desejos com produtos, e não com crianças de verdade.


Takagi acredita que seu produto realmente salva a vida de crianças. Ele diz que constantemente recebe cartas de compradores agradecendo sua invenção, e, segundo ele, recebe o apoio de médicos e professores. Contudo, ainda não há pesquisas e estudos suficientes para que a comunidade médica determine se utilizar uma boneca hiper-realista para satisfazer um desejo sexual por figuras infantis é realmente eficaz no que diz respeito à redução da prática de crimes contra crianças.


Assim como pode ser lógico direcionar o desejo de fazer sexo com uma menor de idade para uma boneca, também é lógico pensar que colocar esse desejo em prática (mesmo que seja com um produto inanimado) pode reforçar o impulso do pedófilo, que corre o risco de eventualmente perder o controle ao lidar com uma criança humana.


Fonte: The Atlantic